António Campos, Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, acolheu os participantes na sessão, tendo referido que o ciclo de workshops se insere na realização da 1.ª edição da Feira Social Digital, iniciativa da associação empresarial para “tornar o setor social mais forte e mais sólido”. Sónia Lobato, Presidente da UDIPSSS - União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém, uma das entidades parceiras da Feira Social Digital, tomou também a palavra no arranque do seminário, tendo referido que, na área da Economia Social, “a área do planeamento e da gestão são as de maior fragilidade dentro das instituições, quer por falta de profissionalização dos dirigentes, por falta de recursos, ou até devido à dependência que o Setor Social tem do Estado”. A responsável referiu ainda que “gerir bem nem sempre implica um curso de gestão, mas sim conhecer bem a missão da instituição e os cantos da casa”, para que se possam tomar decisões e procurar soluções “alternativas”.
Mário Machado, do Banco Montepio, entidade parceira da Feira Social Digital, marcou também presença na sessão de abertura, tendo congratulado a NERSANT pela Feira Social Digital, bem como as empresas que nela participam. Comunicou ainda às instituições que o Banco Montepio está preparado para “responder às necessidades de financiamento das IPSS”.
Como orador da sessão, marcou presença o consultor Tiago Leite, ex-Diretor de Segurança Social de Santarém. “Embora o Estado seja o financiador, é preciso que o Terceiro Setor consiga ser sustentável, mas dentro das nossas casas temos de tentar que hajam rendimentos e receitas que venham de outros lados”, começou por referir o profissional, acrescentando posteriormente algumas dicas para que as instituições se possam tornar mais sustentáveis.
Na sua oração, Tiago Leite referiu ainda que o Setor Social não deve ser descurado, uma vez que nele trabalham, segundo dados de 2016, “10% das pessoas do distrito de Santarém”. “O Setor Social é o motor económico do distrito, com implicações em diversas outras áreas, como o comércio local, por exemplo”, referiu, acrescentando que “temos de olhar para Economia Social, para as instituições, como empresas, como unidades que estão a fazer o seu negócio, mas que necessitam ser sustentáveis, ou seja, não dar prejuízo”. A capacidade de negociação e preparação, ou seja, planeamento, dos gestores das IPSS, foram posteriormente apontadas como fatores de sucesso na hora de tornar as instituições mais sustentáveis. “Falhar a preparação é preparar para falhar”, concluiu Tiago Leite.
A Feira Social Digital continua online até ao mês de março, em
https://compronoribatejo.pt/feira/1-feira-social-digital, contando com a participação de 118 entidades e empresas e a exposição de 805 valências, serviços ou produtos. No âmbito do ciclo de workshops, vão ainda realizar-se sessões sobre Financiamento do Setor Social em Tempos de Pandemia (19 de março), Financiamento para a Inovação e Empreendedorismo Social (22 de março), Financiamento e Produtos Sustentáveis (24 março) e Compro no Ribatejo: plataforma de negócios online (26 de março). As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no portal da NERSANT, em
https://www.nersant.pt/agenda/.