Fragmentos de um corpo só - Crinabel e APPC do Porto em co-produção
Fragmentos de um corpo só é a peça que subirá ao palco do Cine-Teatro S. Pedro, em Abrantes, às 21 horas, do dia 24 de Março, numa Co-produção Era uma vez… Teatro e CRINABEL, com encenação de Marco Paiva.
Esta peça é um dos destaques do cartaz deste ano da oitava edição do Festival Nacional de Teatro Especial, promovido pelo Centro de Recuperação e Integração de Abrantes e que decorrerá de 22 a 27 de Março, em Abrantes.
Em Fragmentos de um corpo só, mergulhamos na especulação do corpo. Não apenas do corpo enquanto organismo humano, mas na noção do corpo enquanto estrutura. Estrutura física, literária, teatral, cultural ou linguística. Fragmentamos a noção de corpo estrutura, baralhamos e tornamos a dar, misturamos noções, emoções e banalidades e convocamos o público a reflectir e a construir aos seus olhos, um puzzle de múltiplas possibilidades: o da Humanidade. Esta é uma peça única que junta no mesmo palco actores de Lisboa e Porto, nomeadamente da Crinabel e da APPC (Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral) do Porto.
Na quinta-feira, às 14h30, a dança inclusiva chegará com o espectáculo Brasilidade, do Grupo de Dança sobre Rodas Corpo em Movimento, do Rio de Janeiro, Brasil e que tem coreografia de Camila Rodrigues e Soyane Vargas.
A noite trará a História de Portugal Parte V - A revolta dos heróis, uma produção do Grupo de Teatro Terapêutico Espaço T, do Porto, com encenação de João Pereira. Conta-nos este espectáculo três capítulos da história de Portugal: Vasco da Gama da rota da pimenta, D. Sebastião e a batalha de Alcácer Quibir e Afonso Henriques e a conquista aos moiros. O público assistirá à “construção de um país, em inglês work in progress, ou vice-versa”.
Na sexta-feira, dia 26, a tarde será dedicada aos mais novos, com duas peças em cena. Uma história das histórias, do CRITARTE, Grupo de Teatro do CRIT de Torres Novas, com encenação de João Paulo Vieira. A segunda peça da tarde será Os Sentimentos, do Grupo Viva, vindo da APPC de Faro e que tem encenação de Dário Cruz. Esta peça diz-nos que “sabendo nós de onde vimos e para onde vamos, resta-nos o amor, que nos faz sentir, saborear e cheirar cada pedaço do mundo”.
À noite, uma grande aposta vinda do Brasil, A Terra pode ser chamada de chão… do Grupo de Arte TAMTAM, de S. Paulo, Brasil e que conta com encenação de Renato Di Renzo. Esta peça é a nova montagem do grupo, que vem estudando a Carta da Terra, a Cultura da Paz, o cuidar, entre outros temas pertinentes ao homem contemporâneo e às questões biológicas e afectivas que muito têm influenciado o mundo em que vivemos. Perceber-se enquanto cuidador de si e do outro é a função do espectáculo junto do público, reforçando o sentimento de responsabilização de todos na construção de um mundo melhor.
Recorde-se que este será o VIII Festival Nacional de Teatro Especial e, simultaneamente, o II Festival Internacional, é promovido pelo Centro de Recuperação e Integração de Abrantes, há cerca de 33 anos, a trabalhar na área da deficiência e no combate à exclusão social.
Concretizar a inclusão pela arte como forma de combater o preconceito social e a discriminação face à diferença é um dos objectivos do FNATES 2010, de modo mais acentuado neste ano de 2010 em que se assinala o “Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social”.
AB/CRIA